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Bitcoin pode ultrapassar US$ 123 mil, aponta análise

Nesta segunda-feira, 14 de julho, a cotação do Bitcoin chegou a um novo recorde, ultrapassando os US$ 123 mil. Essa alta é um marco curioso, pois a moeda digital conseguiu romper uma fase de consolidação que durou meses, onde os preços variavam entre US$ 100 mil e US$ 110 mil.

Se olharmos para os números, o movimento de agora representa uma alta de 12,3% em relação ao pico alcançado em janeiro e uma impressionante valorização de 65% desde as mínimas de abril, quando o Bitcoin chegou a valer US$ 74.501. Mas, segundo uma análise da Bitfinex, esse valor pode ser apenas o começo, com cinco fatores principais impulsionando essa alta.

Os investidores de curto prazo estão ativos, fazendo ofertas agressivas, enquanto aqueles que detêm os ativos por mais tempo parecem estar mais cautelosos na realização de lucros. Isso dá sustentação ao movimento de alta. A Bitfinex também destacou que a recuperação do Bitcoin, após o pânico de abril, reforçou sua imagem como um ativo robusto em tempos difíceis.

Um ponto interessante é que o Bitcoin superou moedas tradicionais de proteção, como o ouro, que teve um desempenho mais modesto, e muitas ações que ficaram estagnadas em um cenário econômico cheio de incertezas.

Cotação do Bitcoin em US$ 123 mil é só o começo da alta

Além disso, a Bitfinex observou que o aumento do Bitcoin durante um período de tensão geopolítica e ajustes fiscais é um forte indicativo de seu status como um “ouro digital”. O que isso significa? O Bitcoin pode funcionar como um porto seguro, mas com um nível de volatividade mais elevado.

Assim, o Bitcoin está se consolidando não apenas como uma reserva segura, mas também como um belo nos investimentos em tempos de crise. Com isso, ele já figura como o quinto maior ativo do mundo, com uma capitalização de mercado de US$ 2,43 trilhões, superando tanto a prata quanto a Amazon.

Embora ainda esteja muito atrás do ouro, que mantém cerca de US$ 22,6 trilhões em capitalização, a Bitfinex acredita que as condições estão se alinhando para que essa diferença se torne mais estreita, especialmente com o aumento de ETFs e a aceitação da moeda.

Institucionais estão comprando

Outro destaque interessante é a demanda crescente por Bitcoin, impulsionada principalmente pelos ETFs spot nos EUA e pela acumulação de novos investidores. Na semana passada, os ETFs de Bitcoin registraram um marco significativo, com entradas diárias superando US$ 1 bilhão pela primeira vez desde seu lançamento.

Na quinta-feira, 10 de julho, o total acumulado foi de US$ 1,17 bilhão, seguidos de US$ 1,03 bilhão na sexta-feira. Essa demanda saltante é notável, especialmente quando comparada à nova emissão de Bitcoin, com os ETFs absorvendo muito mais moedas do que o que foi minerado.

As dinâmicas de mercado nos dizem que essa tendência deve continuar. A empresa de ativos digitais Jan3 até notou que a demanda por ETFs chegou a ser 22 vezes maior do que a oferta minerada disponível em um dia. No final da semana, os ETFs nos EUA acumulavam mais de US$ 2,72 bilhões.

Varejo também está comprando

O IBIT, o ETF da BlackRock, já superou os ETFs tradicionais em geração de receita, destacando o quanto o Bitcoin está se tornando relevante nas finanças convencionais. O total de ativos em ETFs de Bitcoin já ultrapassou a casa dos US$ 140 bilhões, impulsionado por novas injeções de capital e pela valorização da criptomoeda.

A análise da Bitfinex também revela um aumento significativo na acumulação por parte de investidores de varejo e médio porte, os chamados “Camarões” (menos de 1 BTC) e “Caranguejos” (1 a 10 BTC). Esses grupos têm continuado a comprar constantemente, o que está ajudando a manter a pressão de alta nos preços.

O balanço combinado dessas categorias cresceu a uma taxa de 19.300 BTC por mês. Isso é bastante significativo, já que a nova emissão mensal de Bitcoin é de cerca de 13.500 BTC. Esse crescimento nos holdings mostra um apoio estrutural à dinâmica de oferta do Bitcoin, reduzindo a liquidez no mercado e ajudando a pressionar os preços para cima ao longo do tempo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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